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quinta-feira, janeiro 19
A Noiva-Cadáver
Escrevo? Ou não escrevo?
Escrevo? Ou não escrevo?
???
OK! Vou escrever.
Primeiramente, vamos à notícia:
"Tailandês casa com o cadáver de namorada morta em acidente" Em Bancoc, um tailandês casou com o cadáver de sua namorada, morta em um acidente de trânsito, para unir suas almas na eternidade, informou a imprensa local. O casamento de Chadil Deffy e sua namorada, Ann, aconteceu em 4 de janeiro na província de Surin, no noroeste do país, em cerimônia budista acompanhada por seus familiares e amigos. "Nosso amor foi algo muito grande, mas por lástima não podemos viajar ao passado e mudá-lo. A vida é curta, e hoje realizo meu desejo e agradeço a todos os que estão presentes", manifestou o namorado na lúgubre cerimônia. O jovem de 28 anos enviou um convite a todos seus conhecidos através de sua página no Facebook para o evento, que foi celebrado quatro dias depois do acidente, ocorrido na noite de réveillon. As imagens do casamento foram transmitidas pela televisão tailandesa, enquanto quase 30 mil pessoas as viram e comentaram através da página pessoal de Chadil. As fotos mostram a jovem na cama do hospital e depois vestida de noiva durante o casamento, enquanto Chadil colocava o anel em seu dedo e a beijava na mão e na testa. Para Chadil, o melhor presente de casamento será ver cumprido seu desejo de reencontrar a amada em sua próxima vida.
Ahh... o amor... imenso e intenso amor.
Esse sentimento que queima a gente por dentro.
Que chega a doer, de tão bom!
Penso nele como aquela frieira no pé que você coça por um bom tempo antes do banho, sentindo um grande prazer.
Mas depois, vai para baixo do chuveiro, abre a torneira, e aí... arde... dói demais!!!
Amor.. sublime amor.
Que faz a pessoa "matar e morrer" em seu nome.
E quando mata, e quando morre, não sente nenhuma culpa.
Sentimento que move montanhas, atravessa rios e oceanos, que é cego, faz perder a cabeça, não mede esforços, infinito enquanto dura, e que quando vai embora, deixa as pessoas enlouquecidas... de amor!
"Um homem apaixonado que se casa com a noiva morta".
Que coisa mais linda isso!!!
Gostaria muito de ter estado lá, para ouvir esse verdadeiro "Ode ao Amor Eterno", composto por dois tamantes separados no físico, mas cujas almas seguem juntas pela eternidade.
Por ser budista, o noivo acredita na reencarnação, em vidas sucessivas.
Então, movido por sua fé, quis firmar seu compromisso com a mulher amada mesmo que do seu corpo - "Vestido de Noiva" - o sopro da vida já se escapara há quatro dias.
Você está achando esse assunto mórbido?
Eu não acho!
Para mim, que passei dos 50, e sou "das antigas", mórbido é o tratamento "descartável" que tem sido dado ao amor.
Ama-se num dia, e no outro, sem fazer nenhum esforço em contrário, deixa-se de amar... com toda a naturalidade.
Para os jovens tailandeses, "O que uniu o amor, nem mesmo a morte separou".
O único risco que corre o apaixonado noivo é de, assim como o personagem Victor Van Dorst, na animação "A Noiva-Cadáver", de Tim Burton, descer na noite de núpcias à "Terra dos Mortos", e constatar que a vida lá é bem mais divertida que a daqui.
Mas, nesse caso, ninguém poderá dizer que eles não foram
"FELIZES PARA SEMPRE"!
Da série "Passei dos 50", por Deborah Johansen.