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quinta-feira, janeiro 12
"Tio Patinhas" e o meu avô
Meu avô adorava ler revistas em quadrinhos, e o seu personagem preferido era o " Tio Patinhas".
Lembro dele dando boas risadas com as situações engraçadas envolvendo o pato avarento e o sobrinho trapalhão.
Nunca descobri o motivo pelo qual meu avô gostava tanto do "Patinhas", pois aquele velho ranzinza e pão-duro era tudo o que ele "não era".
Meu amado "Vô Victor" foi a pessoa mais generosa que conheci em toda a minha vida. E isso é dito por todos que o conheceram.
Para receber sua ajuda, não precisava nem pedir, porque ele já a oferecia antes mesmo de você "abrir a boca".
E de ranzinza, ele não tinha nada!
Adorava pegar os netos para dar umas voltas de carro nos domingos. E quanto maior a aventura pelos interiores da cidade, tanto melhor!
Meu avô foi um verdadeiro "pai" pra mim, porque ele sempre estava lá (eu repito: "Ele sempre estava lá").
Meu avô me ajudou em absolutamente tudo - desde criança e até a idade adulta - com as coisas mais básicas da vida, como "casa e comida", e também nos ditos "luxos" - viagens, férias na praia, desejos de Natal que os pais não realizavam, etc., etc., etc.
Claro que em tudo isso sempre tinha o "dedo" da minha amada Vó Sylvia, sua grande e eterna parceira!
Meu avô confiou eu mim dando-me o primeiro emprego, e me ensinou coisas tão importantes para a vida que até hoje guardo comigo.
Foi ele que me manteve durante o tempo de faculdade, ajuda absolutamente fundamental naquele período.
E continuou me ajudando mesmo depois de casada, pois na hora de dar um passo importante, como a aquisição de um imóvel - só para dar um exemplo - lá estava ele, com o cheque na mão, pronto para ajudar.
Meu avô sempre será o meu "modelo de vida", e uma das pessoas que mais amei. Espero ter chegado pelo menos perto do que ele foi.
E, se ainda não cheguei, agora que já passei dos 50, tomara que tenha bastante tempo pra isso!
E também para dar boas risadas do Tio Patinhas!
Da série "Passei dos 50", por Deborah Johansen.